(Dr. Joshua David Stone)
“Nas minhas viagens pela vida como ser espiritual, psicólogo espiritualista e discípulo do caminho, tomei consciência de muitas das armadilhas e ciladas que se encontram no caminho espiritual. Considero-me até especialista no assunto, pois tive a experiência de cair na maioria delas. Recomendo, convicto, a meditação sobre a lista que apresento a seguir. Embora breve em palavras, é profunda em intuições.
O meu propósito ao partilhar estas situações é poupar, ao maior número de pessoas possível, sofrimento desnecessário, carma negativo e os atrasos no caminho da ascensão, provocados pelo desconhecimento e pela ignorância. O caminho espiritual é bastante fácil num plano e incrivelmente complicado em outro.
O ego negativo e as forças das trevas espalham sedução e apegos, imensos complexos e ardilosos desafios em cada passo do Caminho. Cometer erros e cair nessas armadilhas é normal.
A minha preocupação é evitar que as pessoas que buscam o seu Caminho, fiquem enredadas nas ciladas por longos períodos, ou mesmo vidas inteiras.”
Eis, então, as armadilhas e as ciladas mais comuns:
1- Abrir mão do seu poder pessoal, concedendo-o a outras pessoas, à mente subconsciente, ao ego negativo, aos cinco sentidos, ao corpo físico, ao corpo emocional, ao corpo mental, à criança interior, a um guru, aos mestres ascensionados, a Deus, a tudo o que for externo.
2 – Amar os outros, mas não a si mesmo.
3 – Não reconhecer o ego negativo como fonte de todos os problemas.
4 – Concentrar-se em Deus, mas deixar de integrar e educar de modo correto, a sua criança interior.
5 – Comer incorretamente e não fazer exercícios físicos suficientes, o que resulta em doença física e limitação nos outros níveis.
6 – Mergulhar profundamente na vida espiritual, mas não reconhecer o plano psicológico, que precisa ser compreendido e dominado.
7 – Desejos, desejos e mais desejos materiais.
8 – Exercer poder sobre os outros depois de alcançar o sucesso.
9 – Desligar-se demais das coisas da Terra, o que prejudica o corpo físico.
10 – Tentar escapar da Terra, em vez de criar o Céu na Terra.
11 – Ver apenas as aparências, em vez de observar a verdadeira realidade que está por detrás de todas as aparências.
12 – Tentar tornar-se Deus, em vez de perceber que você já é o Eu Eterno, como todas as outras pessoas o são.
13 – Não perceber que você é a causa de tudo.
14 – Servir os outros totalmente, antes de se tornar autorrealizado dentro de si mesmo.
15 – Pensar que existe algo que se possa chamar de raiva justificada. A raiva é uma armadilha perigosa.
16 – Tornar-se um extremista, e não ser moderado em todas as coisas.
17 – Pensar que precisa ser aceita para tornar-se um ser espiritual.
18 – Tornar-se sisudo demais, deixando de ter alegria, felicidade e diversão suficientes na vida. Não há ascensão sem alegria.
19 – Ser indisciplinado e deixar de perseverar incessantemente nas suas práticas espirituais.
20 – Abandonar as práticas e estudos espirituais quando se envolve num relacionamento.
21 – Dar prioridade a um relacionamento, em detrimento do si e do seu processo interno. Essa é outra armadilha traiçoeira.
22 – Deixar que a criança interior governe a sua vida.
23 – Ser crítico demais e duro demais para consigo mesmo.
24 – Deixar-se enredar pelo glamour e ilusão dos poderes psíquicos.
25 – Tomar posse do seu poder pessoal, mas não aprender ao mesmo tempo a submeter-se ao seu Cristo interno.
26 – Abrir mão do seu poder pessoal quando estiver fisicamente cansado.
27 – Esperar que Deus e os mestres ascensionados resolvam todos os seus problemas.
28 – Viver no piloto automático e relaxar a vigilância.
29 – Entregar o seu poder a entidades que se possam comunicar consigo.
30 – Ler demais e não meditar o bastante.
31 – Deixar que a sexualidade o domine, em vez de dominá-la.
32 – Identificar-se excessivamente com seu corpo mental ou emocional, sem atingir o equilíbrio.
33 – Pensar que precisa ser um canal para outras vozes, ver ou experimentar toda a espécie de fenômenos mediúnicos a fim de se tornar espiritualizado ou ascender.
34 – Forçar a elevação da sua Kundalini.
35 – Forçar a abertura dos seus chacras.
36 – Pensar que o seu caminho espiritual é melhor que o dos outros.
37 – Julgar as pessoas em função do nível de iniciação que alcançaram.
38 – Partilhar o seu nível “avançado” de iniciação com outras pessoas.
39 – Contar aos outros o seu “bom trabalho espiritual”, em vez de simplesmente centrar-se na sua humildade. “Não saiba a tua mão esquerda o que fez a tua mão direita”.
40 – Pensar que as emoções negativas são algo imprescindível.
41 – Isolar-se dos outros e achar que isso é ser espiritualista.
42 – Considerar a Terra um lugar terrível.
43 – Entregar o seu poder à astrologia ou à influência dos astros, como fatores externos e incontornáveis.
44 – Apegar-se demais às coisas e às pessoas.
45 – Viver desapegado demais com relação à vida; não se esforçar rumo ao desapego envolvido.
46 – Viver preocupado demais com o eu; e não se dedicar o suficiente a servir os outros.
47 – Enredar-se nas numerosas teorias equivocadas da psicologia tradicional, pois cada uma delas não passa de uma fina fatia da torta inteira.
48 – Ser místico demais ou ocultista demais, e não se esforçar para integrar os dois lados.
49 – Desistir no meio das grandes adversidades. Essa é uma das piores armadilhas. Nunca desista! Nunca, jamais deve desistir!
50 – Achar que o sofrimento que o incomoda, seja em que nível for, não irá passar.
51 – Concentrar-se demais no nível de iniciação que alcançou, ou aguardar com ansiedade exagerada o momento da ascensão, em vez de se preocupar com o trabalho que precisa ser feito.
52 – Deixar-se enredar pelos poderes espirituais em vez de reconhecer que o amor é, de entre todos, o maior poder espiritual.
53 – Denegrir outros grupos espiritualistas ou metafísicos, em vez de buscar o trabalho conjunto e a unificação, mesmo que esses grupos não estejam inteiramente sintonizados com todas as suas crenças.
54 – Deixar-se enredar no dogma da religião tradicional, ou quaisquer outros dogmas.
55 – Pensar que precisa de um sacerdote, que aja como intermediário entre si e Deus.
56 – Usar as suas crenças espirituais para gerar divisão, elitismo ou uma condição especial indevida.
57 – 0 Tornar-se fanático demais pelas suas próprias crenças.
58 – Achar que pode alcançar a iluminação por meio de drogas ou algum tipo de pílula mágica. Essa é uma das piores formas de ilusão!
59 – Achar que outras pessoas não precisam trabalhar no seu caminho espiritual.
60 – Sobre valorizar o relacionamento com os filhos em detrimento das relações consigo mesmo e com o seu Cristo interno.
61 – Enredar-se em todas as atrações deste mundo material, realmente fascinante.
62 – Envolver-se demais no amor a uma só pessoa, em vez de expandir seu amor para englobar muitas pessoas, e todos os outros, de forma incondicional.
63 – Enredar-se na dualidade, em vez de buscar equilíbrio mental, paz interior e equidade em todos os momentos; se você não transcender a dualidade, continuará a sentir-se vítima da sua própria montanha-russa emocional, sacudindo-se de um lado para o outro entre os altos e baixos da vida. A alma e o espírito pensam com uma consciência transcendente, que não tem ligação com esse lufa-lufa cotidiano.
64 – Ser pai ou filho, mãe ou filha no relacionamento a dois, em vez de assumir a condição de adulto.
65 – Pensar que precisa sofrer na vida. Isto é tremendamente falso!
66 – Ser ou querer ser um mártir do caminho espiritual.
67 – Precisar de controlar os outros.
68 – Ter ambição espiritual.
69 – Precisar de simpatia, amor ou aprovação.
70 – Ter necessidade de ser um Mestre.
71 – Ser hipersensível ou, no outro lado da moeda, duro demais.
72 – Assumir responsabilidades no lugar dos outros.
73 – Ser ou querer ser um salvador.
74 – Servir por motivos egoístas e pensar que está a acumular mérito espiritual.
75 – Pensar que é espiritualmente mais avançado do que realmente é; por outro lado, pensar que é menos avançado do que realmente é.
76 – Ser famoso e cultivar a dependência da fama.
77 – Dar importância indevida à busca da paixão ou da alma gêmea, e não perceber que a sua própria Alma – e a Mônada – são aquelas que, na verdade, o podem complementar e saciar interiormente.
78 – Pensar que precisa de um relacionamento romântico para ser feliz.
79 – Precisar ver-se no centro do palco; ou, no outro lado da moeda, preferir sempre esconder-se pelos cantos.
80 – Trabalhar e esforçar-se demais, exaurindo-se fisicamente, ou, no outro lado da moeda, distrair-se demais e não se ocupar dos assuntos do Pai.
81 – Buscar orientação em médiuns e não confiar na própria intuição.
82 – Entregar-se, neste plano ou no plano interior, a mestres que não sejam ascensionados e que, logicamente, também têm uma compreensão e concepção limitadas da realidade.
83 – Fazer do caminho espiritual um hobby, e não o “fogo devorador”.
84 – Perder tempo demais em frente da TV, na Internet, com jogos de vídeo, ou lendo romances fúteis, e assistindo a filmes violentos.
85 – Gastar quantidades imensas de tempo e energia por falta de organização e administração adequada do tempo.
86 – Pensar que discutir com os outros é algo que lhe sirva a si, ou sirva a outras pessoas.
87 – Tentar vencer ou estar certo, em vez de se esforçar por amar e compreender.
88 – Enfatizar demais a intuição, o intelecto, o sentimento e o instinto, em vez de perceber que tudo isso precisa ser equilibrado e integrado, cada qual na sua devida proporção; a cilada, aqui, é identificar-se excessivamente com um deles.
89 – Devotar-se a um guru que o diminui e o divide, em vez de se dedicar ao Eu espiritual que é você mesmo, e cultivar o seu próprio Cristo interno.
90 – Tentar permanecer aberto todo o tempo, em vez de saber como abrir e fechar o seu campo energético, de acordo com as necessidades.
91 – Não saber dizer não aos outros, à criança interior ou ao ego negativo.
92 – Pensar que a violência ou qualquer tipo de agressão contra os outros lhe vai trazer aquilo que você deseja, ou que sirva a Deus de algum modo.
93 – Culpar Deus ou irritar-se com Ele ou contra os mestres ascensionados por causa dos próprios problemas.
94 – Quando suas orações não forem atendidas, pensar que Deus e os mestres ascensionados não estão respondendo às suas preces.
95 – Comparar-se com outras pessoas, em vez de perceber que somos únicos, e que as potencialidades, as circunstâncias e as vivências do outro não são as suas.
96 – Pensar que ser pobre é ser espiritualizado. Pensar que é preciso ser rico para ser feliz e espiritualizado.
97 – Comparar-se e competir com os outros por causa dos níveis de iniciação e ascensão.
98 – Assumir o papel de vítima diante de outras pessoas ou do seu próprio corpo físico, emocional ou mental, desejos, cinco sentidos, ego negativo, eu inferior.
99 – Estudar demais e não manifestar os seus conhecimentos no mundo real.
100 – Pensar que o seu mau humor é a verdadeira realidade de Deus.
101 – Pensar que o valor reside em fazer e alcançar coisas.
102 – Pensar que você não precisa de se proteger espiritual, psicológica e fisicamente.
103 – Pensar que glamour, ilusão, ego negativo, medo e separação, são a verdadeira realidade.
104 – Usar açúcar, café e refrigerantes e outros estimulantes artificiais para obter energia física.
105 – Tentar fazer tudo sozinho e não pedir a ajuda a Deus; ou, no outro lado da moeda, pedir a ajuda de Deus e não se ajudar a si mesmo.
106 – Deixar de amar as pessoas porque elas o estão a tratar mal ou dando um exemplo negativo de egoísmo; não distinguir a pessoa de seu comportamento.
107 – Perder a fé na realidade viva da Alma, da Mônada, de Deus e dos Mestres Ascensionados, e na capacidade que eles têm de ajudá-lo.
108 – Pensar que apenas as outras pessoas podem atingir a Ascensão, ou ser Luz no mundo, ou pelo menos não nesta vida.
109 – Tentar atingir a ascensão para fugir dos problemas cotidianos.
110 – Pensar que a Terra é uma prisão, e não a reconhecer como um Paraíso em evolução.
“Tudo o que existe no Universo Divino é governado por leis – físicas, emocionais, mentais e espirituais. Aprendendo a compreender essas Leis e tornando-se obediente a elas você trilhará o caminho da Ascensão.”
E Assim é!
(Transcrito de Cura e Ascensão por Solange C. Ventura)
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