VAMOS PENSAR JUNTOS – 19/01/2014

3 Comentários

(Artigo de Ivete Adavaí)

Mais um movimento social, iniciado em São Paulo, até onde podemos averiguar, e que nos remete aos protestos que ocorreram no ano passado, reivindicando desde passe livre nos ônibus até a derrubada de certa proposta do Congresso Nacional que afrontava a democracia, mesmo a nossa, tão incipiente e cheia de equívocos.

Gosto de pensar sob um ponto de vista mais abrangente, onde podemos inserir a questão espiritual. Daí lembrar-me das muitas mensagens antigas que nos informavam que os jovens índigos e cristais fariam as mudanças mais importantes, algumas radicais mesmo, a fim de dar um novo rumo às questões da nossa Terra.

Viver na dualidade, todos estão cansados de saber,  não é tarefa fácil e que só um grupo de espíritos muito corajosos aceitaram a convocação de passar por esta experiência, muito interessante, rica, importante para a evolução do todo, mas muito dolorosa, difícil e às vezes até desanimadora. Então, com esse pano de fundo, vamos raciocinar em termos positivos, ainda que os eventos não o sejam exatamente.

Alguma coisa, ou muitas coisas precisam mudar. As pessoas precisam sair da sua zona de conforto, do status quo em que tudo está bem do jeito que está. Não está, não. Esse, acredito, é o preço da conscientização dos povos. Ninguém vai poder ser superior ao outro, nenhuma raça ou sub-raça vai poder dominar as outras, afinal todos somos frutos da mesma criação. No entanto, o que percebemos é um distanciamento enorme entre a fala e a ação. Como sabemos, as pessoas estão sempre dispostas a concordar com tudo que não mexam com elas, que permitam que continuem no seu cotidiano, sem qualquer distúrbio.

No entanto, a desigualdade no mundo é enorme, e em nosso país não é diferente. Talvez as formas das reivindicações não sejam as ideais. Dificilmente o são. Estamos na dualidade, lembram-se? Contudo, algo precisa mudar. Não superficialmente, mas de maneira profunda, revolver anos e anos de domínio injusto em que uns podem mais que os outros e tentar minorar, em princípio, tanto desequilíbrio.

Aparentemente trata-se de bandos de adolescentes de periferia, apoiados por associações e movimentos antirracistas, que pretendem atrapalhar a vida dos mais afortunados. Visto sob uma perspectiva superior, vemos um movimento de reivindicação, que busca dar os mesmos direitos a todos, independentemente de raça, classe econômica, nível cultural, poderes e haveres. Isso não é uma socialização descabida como já vimos em várias partes do mundo, e que não deu certo. Parece que o ser humano ainda busca uma forma de ser um com todos. Não é uma tarefa das mais fáceis senão não nos seria dada. Precisamos ver além dos fatos e dos atos. Precisamos ver o cenário maior e enviar energia para que tudo ocorra com o mínimo de prejuízos seja lá pra quem for. Só não podemos é julgar tudo sob um ponto de vista simplista, autoritário e parcial.

Na dualidade, havemos de ter sempre dois aspectos de uma mesma situação. Somos observadores e também integrantes do que acontece aqui e agora, visto que existimos neste momento aqui na Terra. Portanto, antes de tecermos opiniões acerca dos acontecimentos, vamos refletir, recordar o que estudamos, pôr em prática o que estiver ao nosso alcance para colaborar com as mudanças e não ser mais um obstáculo no caminho de quem está na direção e que veio ao mundo justamente para cumprir essa missão.

Ivete Adavaí.